A compra do primeiro imóvel representa a conquista de um sonho e é sempre um marco importantíssimo na vida de qualquer pessoa. No entanto, esse processo não é nada simples: é preciso organização e planejamento antes de sair do conforto da casa dos pais e se mudar para sua nova moradia. Não se deve deixar que a emoção de concretizar esse desejo faça com que cuidados necessários para uma transação comercial sem sustos não sejam tomados.
Uma aquisição feita da forma errada poderá trazer sérios prejuízos financeiros não só a você, mas a toda sua família, podendo impactar negativamente a sua vida por um longo período. Por isso, separamos nove dicas essenciais para quem quer comprar o primeiro imóvel da melhor forma possível. Confira abaixo:
Planeje-se financeiramente
Comprar um imóvel não é nada barato. Por isso, a primeira coisa que se deve fazer para conseguir atingir esse sonho é se antecipar e se planejar financeiramente. Organize seu orçamento lançando seus ganhos e gastos em uma planilha e calculando quanto sobrará por mês para ser investido na compra do imóvel.
Economize e invista o que for poupado
Com base em seu orçamento, se esforce para fazer economia: tente estabelecer um percentual mínimo de sua renda a ser poupado por mês. Se você perceber que não está sendo possível atingir o valor desejado, analise o que pode ser cortado de outros gastos. Transforme essa economia em hábitos para iniciar a conquista de seu imóvel da melhor forma possível.
Este dinheiro economizado mensalmente deverá ser aplicado em algum tipo de investimento financeiro para render ao longo do tempo. O ideal é investir em alguma aplicação segura de renda fixa, que lhe garanta ganhos estáveis e previsíveis, mantendo assim o valor de compra do dinheiro e possibilitando fazer uma planejamento sobre a quantia necessária e o momento certo para iniciar a aquisição do imóvel
Procure a melhor forma de pagamento
Por causa dos altos preços, nem sempre se consegue reunir o valor total para comprar o imóvel à vista. Por isso, é importante ter em mente quais são as outras formas de pagamento possíveis e adequá-las de acordo com sua capacidade financeira. Ao optar pelo financiamento, busque sempre dar um valor de entrada, o maior possível. Quanto menor for a quantia a ser financiada, menores serão as parcelas e os juros a serem pagos e mais rápido o imóvel será quitado. O ideal é que a parcela de financiamento corresponda no máximo a 20% de sua renda.
Lembre-se de que financiamentos desse tipo são de longuíssimo prazo, impactando seu orçamento por um tempo mais do que considerável. Não se esqueça de que uma ajuda pode vir de seu FGTS, já que seu uso é permitido para a aquisição e financiamento de imóveis, mas, antes de optar por ele, pesquise bem as condições e taxas do banco. Negocie as melhores condições de pagamento.
Pesquise bem onde vai morar
Ao escolher o imóvel, é importante saber, antes de tudo, como é a região onde você pretende morar. É preciso analisar cuidadosamente como será o acesso ao seu trabalho, à escola ou à faculdade, seja em termos de distância ou de oferta de meios de transportes disponíveis no local. Verifique também como é a oferta de serviços e comércio da região, como farmácias, bancos, supermercados e outros.
Além disso, pesquise como é a qualidade na prestação de serviços públicos na área, os índices de criminalidade, segurança, a topografia do local (para saber se ali ocorrem enchentes) e informe-se sobre planos, tanto da iniciativa privada quanto do poder público. Converse com os vizinhos e cheque se, de fato, a qualidade de vida ali corresponde as suas expectativas. Para saber mais, confira: Como escolher a localização do meu novo apartamento?
Verifique as condições do imóvel
Para evitar futuras dores de cabeça e decepções, avalie bem o estado do imóvel. Cheque a estrutura, o acabamento, as instalações hidráulicas e elétricas e o aspecto geral de conservação da construção. Faça o mesmo com as áreas de uso comum (se houver), como garagem, corredores e outros espaços. Além disso, confira quais são as condições internas de ventilação, umidade, temperatura e isolamento acústico. Uma dica importante e nem sempre lembrada é a de observar a orientação do sol em relação ao imóvel.
Saiba as diferenças entre um imóvel na planta e um usado
Existem consideráveis diferenças entre esses dois tipos de imóveis. Um imóvel na planta, de início, pode parecer interessante por ser novo e correr menos riscos de apresentar problemas estruturais. Porém, além de mais caros, eles carregam o risco de falência da construtora antes de ficarem prontos. Por isso, ao optar por essa alternativa, pesquise sempre pelo histórico da empresa, verificando se ela possui boas referências no mercado e reclamações nos órgãos de defesa do consumidor.
Um imóvel usado tem a vantagem de ser, em geral, mais em conta, mas existe a possibilidade de ele não estar em perfeitas condições. Devem ser checadas as instalações hidráulicas, fiação elétrica, lajes, telhados, pisos, revestimentos e estrutura. Muitas vezes uma reforma acaba sendo necessária, o que pode fazer com que a economia feita na compra não compense.
Não se apresse
Por mais que exista a urgência em adquirir um imóvel e a vontade de mudar de ares seja grande, é preciso ter cautela. O recomendado é pesquisar bastante antes de decidir e analisar todas as alternativas que aparecerem, até encontrar aquela se se encaixe em suas necessidades. O mercado imobiliário é dinâmico e várias boas oportunidades podem surgir com o tempo.
Por isso, muitas vezes é melhor continuar no aluguel, ainda que temporariamente, até que haja a possibilidade real de financiar o imóvel em condições mais tranquilas e sem dor de cabeça. Aproveite esse tempo para se planejar melhor e acumular mais capital para conseguir dar uma entrada maior. O ideal é que as pessoas consigam pagar, à vista, pelo menos 30% do valor do imóvel. Abaixo disso, o melhor a fazer é esperar.
Atenção aos gastos extras
Não se esqueça de que os gastos com a aquisição de um imóvel não se limitam apenas ao valor das prestações e do financiamento. Existem ainda as taxas de transferência, documentação, taxas de encargos bancários e impostos, bem como os gastos correntes com manutenção, IPTU, seguro, condomínio, entre outros.
Por isso, reserve também uma quantia para cobrir esse tipo de gasto. Coloque seu orçamento na ponta do lápis e, caso mais da metade de sua renda esteja comprometida com despesas referentes ao novo imóvel, reveja suas prioridades. Acredite: vai ser melhor esperar.
Recorra à ajuda de um advogado quando necessário
Mesmo com tanto planejamento, ninguém está livre de imprevistos ou situações indesejadas. Por isso, é sempre prudente contar com um apoio jurídico quando necessário. Uma ajuda legal é necessária caso ocorra uma situação inesperada ou para consultar algumas dúvidas com relação a contratos, por exemplo. É importante ter total confiança neste profissional. Peça a ele que esclareça as dúvidas envolvidas na compra, identificando possíveis problemas com documentação, escrituras, entre outros trâmites.
Esperamos que esse artigo tenha sido útil para a sua decisão. Se você gostou, faça sua parte e compartilhe o post nas redes sociais. Faça com que ele atinja outras pessoas interessadas em adquirir um imóvel.