Os consórcios podem ser uma boa alternativa para quem está pensando em adquirir um imóvel. É uma opção viável ao financiamento, já que no consórcio não existe cobrança de juros. O que existe é uma taxa administrativa paga pelos consorciados, mas a correção monetária é muito mais baixa do que as das linhas de crédito. Nos consórcios você tem duas alternativas: esperar ser sorteado ou dar um lance antes dos outros participantes e adquirir a carta de crédito. Você também pode adquirir a carta já contemplada por um terceiro. Neste post, vamos dar uma olhada mais detalhada sobre como funcionam as diferentes formas de usar a carta de crédito para comprar um imóvel.
Vantagens da carta de crédito
Existem várias instituições financeiras e administradoras que oferecem consórcios de imóveis e, portanto, são diversas modalidades com prazos diferentes, entre 60 e 180 meses. Uma das grandes vantagens é que o consorciado pode usar a carta para adquirir imóveis novos ou usados, em áreas urbanas ou rurais, e ainda comerciais ou residenciais. Essa liberdade se deve também ao fato de que o valor da carta de crédito pode ser inferior ao do imóvel a ser comprado e o restante pode ser arcado pelo comprador. As cartas de crédito ainda podem ser usadas para a aquisição de materiais de construção e de reforma para imóveis.
A carta de crédito também tem a vantagem de poder ser adquirida antecipadamente, com um lance feito pelo consorciado. As administradoras fazem reuniões para sorteio e leilão das cartas. As propostas tem um valor mínimo, que geralmente gira em torno de 20% do valor da carta. E mesmo se o seu lance não for o mais alto, você pode usar o dinheiro que iria investir e quitar parte das parcelas, diminuindo a espera.
Desvantagens da carta de crédito
Uma das desvantagens de estar num consórcio é a incerteza. A contemplação pode vir a qualquer ponto do prazo de pagamento, e se você estiver pagando um aluguel enquanto isso e a espera for longa, o gasto pode acabar sendo maior do que seria num financiamento. Outro ponto importante a ser considerado é a competência das administradoras do consórcio. Há casos de falência das empresas em que os consorciados ficaram na mão, e outros em que a inadimplência dos participantes levou a atrasos na entrega das obras, quando o consórcio era organizado pelas próprias empreiteiras. Por isso é bom avaliar muito bem as administradoras e escolher idealmente uma ligada a um banco, com mais garantias.
Carta de crédito contemplada
Uma outra forma de se adquirir a casa própria com a carta de crédito é comprar uma que já tenha sido contemplada. Neste caso, você obtém a carta de um consorciado que foi sorteado e assume a responsabilidade de pagar o restante das parcelas. É necessária uma análise detalhada da carta, já que quem for vender vai cobrar mais caro do pagou até o momento do sorteio. É ideal que o sorteado tenha pago poucas parcelas até o tempo de contemplação, para que você gaste menos do que com a entrada de um financiamento, por exemplo.
Avalie outras opções como o Minha Casa Minha Vida
Criado em 2009 pelo Governo Federal, o Programa Minha Casa Minha Vida: permite que famílias com renda até R$6,5 mil tenham acesso à moradia própria por meio de condições especiais.
Como veremos a seguir, a possibilidade de usufruir dos benefícios do programa são distribuídas de acordo com a faixa de renda familiar que as pessoas apresentam.
Eles vão desde a isenção total de pagamento de juros e concessão de subsídios, para as faixas de renda mais baixa, até a cobrança de juros de pouco mais que 8% ao ano sobre o valor financiado, para famílias com renda na faixa limite.
Confira nesse post quais são as regras do financiamento pelo Minha Casa Minha Vida e as taxas de juros cobradas.
A quem se destina o Minha Casa Minha Vida
O Programa Minha Casa Minha Vida tem por objetivo permitir que pessoas com renda reduzida possam adquirir um imóvel residencial em condições de financiamento compatíveis com os ganhos familiares.
Assim, foram definidas quatro faixas de contemplação de benefícios:
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Faixa 1 – Para famílias com renda bruta mensal até R$1.800;
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Faixa 1,5 – Para famílias com renda bruta mensal entre R$1.801 e R$ R$2.350;
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Faixa 2 – Para famílias com renda bruta mensal entre R$2.351 e R$3.600;
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Faixa 3 – Famílias com renda bruta mensal entre R$3.601 e R$6.500.
Veja com mais detalhes cada uma das categorias.
Faixa 1
Para famílias com renda até R$1,8 mil, o Minha Casa Minha Vida concede um benefício especial de custeio de até 90% do valor do imóvel, cuja faixa de preço varia de cidade para cidade.
O subsídio significa que parte do valor do imóvel será paga pelo poder público. O restante será financiado em até 120 prestações de no máximo R$270 por mês, sem cobrança de juros.
Para ter acesso aos imóveis da Faixa 1, os interessados devem procurar a prefeitura do município onde residem, agências da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil ou outra instituição que seja credenciada para receber as inscrições.
Feita a inscrição, o próximo passo é aguardar o lançamento de um empreendimento desta categoria na cidade onde mora e o sorteio que ocorrerá em seguida.
Minha Casa Minha Vida Entidades
Na Faixa 1 do Minha Casa Minha Vida as famílias podem se organizar em associações ou cooperativas para buscarem a construção de unidades habitacionais pelo programa. Para tanto, é necessário que a associação ou a cooperativa esteja regularizada junto a uma entidade organizadora habilitada pelo Governo Federal para gerenciar o projeto.
Minha Casa Minha Vida Rural
O Minha Casa Minha Vida também tem uma modalidade voltada para a construção de novas moradias ou reforma de unidades já existentes no meio rural. Esta categoria de financiamento atende agricultores familiares, trabalhadores rurais e comunidades tradicionais (quilombolas, comunidades indígenas, comunidade de pescadores, etc.).
Faixa 1,5
As famílias com renda situada entre R$1,8 mil e R$2,35 mil podem comprar imóveis com valor limitado a R$135 mil, dependendo da cidade, com direito a receberem até R$45 mil de financiamento para o pagamento, com juros de 5% ao ano.
Neste caso, pode ser comprado um imóvel pronto, desde que ele esteja nas condições e no valor admitido pelo programa.
Da mesma forma que ocorre na Faixa 1, os interessados devem se cadastrar nas instituições credenciadas e aguardar o sorteio. Quando este ocorrer, basta se dirigir ao Banco do Brasil ou à Caixa para obter o crédito.
Faixa 2
Na Faixa 2, para famílias com renda entre R$2,35 mil e R$3,6 mil, não há necessidade de inscrição. Basta o interessado procurar uma agência da Caixa ou do Banco do Brasil para pedir o benefício.
O programa concede subsídio de até R$27,5 mil para pagamento do imóvel e o restante é financiado com juros que podem variar entre 5,5% e 7% ao ano, conforme a renda familiar apresentada pelo candidato. O valor da parcela é limitado a 30% da renda familiar.
Faixa 3
As famílias com renda bruta mensal situada entre R$3,6 mil e R$6,5 mil podem ter acesso à ao financiamento da Faixa 3 do Programa Minha Casa Minha Vida, que é feito com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Com até 360 meses para pagar, são cobrados juros anuais de 8,16%. Essa taxa é bastante inferior àquela cobrada pelas instituições financeiras que concedem crédito imobiliário pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), por exemplo, que se situa em torno de 12% ao ano. Na Faixa 3, o valor da parcela também é limitado a 30% da renda familiar.
Além de estar no intervalo de renda previsto para esta categoria do Minha Casas Minha Vida, o candidato também não pode ter sido beneficiário de nenhum outro programa do governo, como o de subsídio para pagamento de imóvel ou de redução de juros do financiamento imobiliário. Esta é uma condição básica, que será verificada antes da liberação do financiamento.
Os interessados nessa faixa do programa devem procurar por uma agência da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil, a fim de realizar a análise de crédito e dar início ao processo de contratação do financiamento do imóvel.
O limite do valor do imóvel financiável também está condicionado à localidade onde ele se encontra. Esta informação pode ser obtida junto à instituição financeira.
Documentação
Como o Programa Minha Casa Minha Vida tem condições especiais de subsídios para a compra de imóveis e conta com juros também subsidiados, é necessário que haja a comprovação de renda para que as instituições credenciadas possam ter a certeza de que, de fato, o candidato tem direito aos benefícios.
Além disso, é necessária a apresentação dos documentos de identificação habituais, Carteira de Identidade e CPF, e de comprovante de residência.
Simulação
No site da Caixa Econômica Federal é possível fazer uma simulação do Minha Casa Minha Vida. Após inserir a renda bruta mensal da família e informar o local onde o imóvel está localizado, serão apresentadas opções de prazo de financiamento e de valores de imóveis financiáveis.
Em seguida, de acordo com cada opção, será apresentada uma simulação dos benefícios que o programa pode conceder.
Por exemplo, para um imóvel com valor de R$96 mil, com 360 meses para pagar, o simulador apresentou uma cota máxima de financiamento de 90% do valor do imóvel.
O valor de entrada seria de R$4.895 e o programa concederia R$4.705 de subsídio. Os juros seriam na casa de 6% ao ano, para prestações iniciais na ordem de R$740 e finais em torno de R$250.
Então, agora que você já obteve as informações que precisava sobre o Programa Minha Casa Minha Vida, é só fazer a sua simulação e se preparar para comprar o seu imóvel.
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