A dúvida sobre escolher casa ou apartamento para morar é compartilhada por muitas pessoas. Aspectos como tamanho, área aberta, segurança, preços e até a criação de animais de estimação devem ser levados em conta na hora de tomar uma decisão. Há vantagens e desvantagens em tudo, o negócio é saber quais itens são importantes para o estilo de vida que se quer ou se pode levar. Também não custa lembrar: mudar-se é sempre possível, se for o caso. Embora as casas estejam na memória afetiva de muita gente, pode ser que a vida aponte para um apê bacana. Vamos listar alguns aspectos interessantes a se considerar na escolha do tipo de moradia mais interessante para você.
Analise a fase da sua vida e o seu poder aquisitivo na hora de escolher
Escolher entre viver em um apartamento ou em uma casa tem muita relação com o momento da vida em que as pessoas se encontram e a duração dessa fase. Solteiros que trabalham fora costumam ficar mais confortáveis morando em apartamentos pequenos, de manutenção fácil e alguma segurança. Recém-casados também costumam pensar em praticidade e segurança, mais do que em aspectos como quintais grandes e garagens para muitos carros. As famílias maiores costumam privilegiar aspectos como espaços mais amplos, inclusive para a brincadeira das crianças. Com muita gente em casa, em horários diferenciados, a segurança fica menos frágil.
No entanto, tudo depende também do poder aquisitivo das pessoas. Recém-casados jovens em início de carreira podem procurar um apê descolado enquanto guardam dinheiro para a compra de um imóvel maior. Há apartamentos bem pequenos, com espaços muito compactos, mas também há casas mínimas. Assim como ainda existem apartamentos amplos, com áreas comuns cheias de atrativos para crianças, tão ou mais interessantes do que uma casa.
Pense em seus desejos e necessidades relacionados aos espaços
A questão do tamanho dos cômodos, do lote ou da área externa é elemento importante na escolha entre uma casa ou um apartamento. Se a preferência for por cômodos amplos, banheiros maiores, área externa com vegetação, pode ser que uma casa atenda melhor. Apartamentos, conforme o projeto ou a região, tendem a ser cada vez menores, com quartos, cozinhas e banheiros bem funcionais e pequenos. À exceção dos apartamentos térreos ou de cobertura, que podem oferecer um pouco mais – com preço proporcional -, a maioria dos apês não terá área externa generosa. Talvez uma varandinha ou sacada, o que não se parece em nada com um quintal com árvores frutíferas. É interessante também atentar para aspectos como acessibilidade e espaços razoáveis. Idosos e até qualquer pessoa com um problema de mobilidade podem encontrar muitas dificuldades em um banheiro pequeno.
Analise suas necessidades quanto a áreas externas
Se o caso é de conseguir uma ampla área externa, as casas têm mais chances de agradar. Quintais profundos, gramados ou não (conforme as regras de cada cidade), plantas frondosas, espaços para churrasco e festas de família podem ser melhor administrados em uma casa. Os apartamentos, geralmente, excluem essas possibilidades. O jeito é trazer as festas para a sala ou a cozinha, especialmente se forem integradas – tendência de nove entre dez projetos de reforma de apês. Mesmo assim, com jeito e umas dicas, é possível cultivar uma pequena horta ou até uma árvore frutífera em um prédio. Áreas gourmet comuns podem resolver isso, basta se atentar para a agenda do condomínio e os horários de extinguir o barulho.
Considere os modos de sociabilidade
Prédios de muitos apartamentos com área comum generosa – com quadras, piscina, espaço gourmet, etc. – podem ser boas opções para quem quer fazer amigos, viver em comunidade, favorecer as amizades dos filhos. Playgrounds bacanas são espaços muito saudáveis e até seguros para a criançada. Desde que todos estejam dispostos a construir e obedecer as regras do condomínio. Os barulhos, o som alto, as festas precisam ser um pouco melhor administradas em prédios, em que as pessoas convivem umas sobre as outras ou lado a lado. Já as casas oferecem mais condições de privacidade, com as regras que os donos definem sozinhos e os vizinhos um pouco mais distantes. No entanto, nos dias de hoje, pode ser que as crianças fiquem mais isoladas – já que não podem brincar na rua, em cidades maiores – do que se estivessem em prédios.
Observe as questões de segurança do local
Um dos primeiros itens que as pessoas costumam julgar para escolher entre casa ou apartamento é a segurança. Ao que parece, as casas são mais vulneráveis, sendo preciso investir em grades, câmeras e outros itens. Por terem um grupo pequeno de moradores e serem mais fáceis de monitorar, em relação aos hábitos dos que ali residem, há quem tenha muito medo de fazer esta escolha. Tudo pode ficar mais complicado em uma casa de poucos e ausentes moradores: as viagens são mais difíceis, as plantas dependem de rega, os animais precisam comer, a vizinhança presta menos atenção, ouve menos a movimentação, etc. Já em prédios de apartamentos, a movimentação de pessoas pode favorecer a segurança, além de poder existir portaria com porteiro, por exemplo. Se não for o caso, é preciso avaliar se o apartamento é mesmo mais seguro ou se vale a pena investir apenas em uma cerca eletrificada em uma casa mais ampla.
Calcule os gastos e a forma de manutenção de apartamento ou casa
É muito importante conhecer as necessidades de manutenção – e os custos, claro – em uma casa e em um apartamento. Enquanto os prédios contam com a figura do síndico, que termina por resolver a maior parte dos problemas detectados, nas casas, é o próprio dono que precisa estar atento a tudo. Pintura, reformas estéticas, resolução de problemas de encanamento, eletricidade, telhado, lage, danos causados por intempéries, etc., tudo isso é necessário em qualquer tipo de moradia. A diferença está em quem tomará a iniciativa e terá a obrigação de cuidar de tudo, com agilidade. Alguém precisa ser o administrador de um prédio. Há condomínios em que essa tarefa é de rodízio obrigatório; em outros casos, há eleição daqueles que se candidatam. É bom ver isso na convenção antes de se mudar. Já nas casas, embora a manutenção fique sempre a cargo do morador, é ele apenas quem decide o que e quando fazer.
Considere os animais de estimação
Há pessoas apaixonadas por animais de estimação, que vão de iguanas aos populares cãezinhos. De portes e hábitos variados, esses bichinhos às vezes são parte da família. Para quem deseja criar animais, especialmente os maiores, os mais barulhentos ou os que não podem ficar confinados ou sozinhos, é bom avaliar as condições de um apartamento ou casa. Por dispor de mais espaço e até de áreas de terra ou grama, pode ser melhor preferir uma casa com quintal e espaço para os pets. Nos apês, além dos espaços reduzidos, é necessário conhecer bem a convenção de condomínio. Há prédios que permitem animais e há também quem prefira simplesmente desobedecer a regra.
A escolha entre apartamento ou casa pode não ser simples. A avaliação sincera dos elementos que cada tipo de moradia oferece e sua relação com o estilo de vida dos moradores é muito importante para uma tomada de decisão. E caso uma experiência não funcione bem ou a vida se altere muito, é sempre possível considerar uma mudança.
Se você tem uma experiência de morar em apartamento ou casa, se gosta de onde mora ou se quer mais dicas, comente nosso post. Esperamos pela sua história!